Tribuna Popular
O presidente do Conselho Municipal de Cultura de Porto Alegre 
(CMCPOA), Paulo Roberto Rossal Guimarães, esteve presente na Tribuna 
Popular da Câmara Municipal da Capital, na tarde desta segunda-feira 
(9/6). Na oportunidade, ele denunciou o descaso do Executivo municipal, 
que ainda não teria enviado à Câmara o projeto que trata da implantação 
do Plano Municipal de Cultura na Capital, bem como não teria publicado 
edital convocando novas eleições para a entidade. Conforme Guimarães, o 
Plano Municipal de Cultura está desde outubro de 2013 na Secretaria 
Municipal de Cultura (SMC) e ainda não foi encaminhado para a Câmara 
Municipal para que se torne Lei. “O mais grave é que o texto está sendo 
modificado pela SMC sem a participação do Conselho”, afirmou.
Outro
 agravante, segundo Guimarães, é a questão dos editais para eleições e 
renovação do CMC. “Os editais deveriam ter sido abertos em 2013; no 
entanto, nada aconteceu. Em 2014, novamente nada aconteceu.”, destacou. 
Guimarães criticou o descaso da SMC e afirmou que tal atitude prejudica a
 população.
Guimarães informou que o Conselho 
fez uma denúncia ao Tribunal de Contas do Estado. “Estando a Prefeitura 
já notificada e tendo já respondido à notificação, esperamos resultados 
para um prazo breve”, disse. De acordo com ele, a SMC está privando os 
porto-alegrenses de convênios com a União, através do Ministério da 
Cultura, para instalação de pontos de cultura, centros culturais e 
diversos convênios e verbas federais que poderiam estar em uso se todas 
as exigências do Conselho tivessem sido cumpridas. De acordo com 
Guimarães, todas as tentativas de aproximação e entendimento com a SMC e
 com o prefeito foram frustradas.
“O não 
encaminhamento do Plano para a Câmara está impedindo a população de ter 
um planejamento das atividades culturais do município. Essa situação se 
constitui num grave atentado aos nossos direitos humanos e culturais”, 
afirmou. Para Guimarães, a abertura do edital se constitui em um direito
 humano e civil. “A cultura faz parte dos nossos direitos. Ao impedir a 
sociedade de ter uma normalidade na atuação do conselho, a SMC está 
infringindo os direitos da população. A população precisa fazer parte e 
ter sua representação na democracia participativa”, concluiu.
Texto: Thamiriz Amado (estagiária de jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
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