Postagem em destaque

Gestão 2009 /2014 combina com Gestão 2017/2019 a entrega do Blog e logo do CMC Porto Alegre

Dia 02/07/2019, às 19:30 h em reunião do CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA DE PORTO ALEGRE realizada na Casa dos Conselhos, sito Av. João P...

16 de janeiro de 2013

Poesia Feminina na América Latina | Chile


Gabriela Mistral
Gabriela Mistral, nasceu em Vicuña, no dia 7 de abril de 1889. Foi uma poetisa, educadora, diplomata e feminista chilena. Foi agraciada com o Nobel de Literatura de 1945.

Seu pai abandonou a família quando Lucíla (nome real da autora) completou três anos de idade. A mãe faleceu no ano de 1929 e a escritora lhe dedicou a primeira parte de seu livro Tala, a que chamou: Muerte de mi Madre. Educada em sua cidade natal, começou a trabalhar como professora primária (1904) e ganhou renome ao vencer os Juegos Florales de Santiago (1914) com Sonetos de La muerte, sob o pseudônimo de Gabriela Mistral,cuja escolha deu-se em homenagem aos seus poetas prediletos: o italiano Gabriele D'Annunzio e o provençal Frédéric Mistral.

Os temas centrais nos seus poemas são o amor, o amor de mãe, memórias pessoais dolorosas e a mágoa. Em 1922 é convidada pelo Ministério da Educação do México a trabalhar nos planos de reforma educacional daquele país. O Prêmio Nobel transformou-a em figura de destaque na literatura internacional e a levou a viajar por todo o mundo e representar seu país em comissões culturais das Nações Unidas, até falecer em Hempstead, estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

A notoriedade a obrigou a abandonar o ensino para desempenhar diversos cargos diplomáticos na Europa. Tida como um exemplo de honestidade moral e intelectual e movida por um profundo sentimento religioso, a tragédia do suicídio do noivo (1907) marcou toda a sua poesia com um forte sentimento de carinho maternal, principalmente nos seus poemas em relação às crianças. Em sua obra aparecem como temas recorrentes: o amor pelos humildes, um interesse mais amplo por toda a humanidade.

Confere os versos da poeta:

Besos

Hay besos que pronuncian por sí solos
la sentencia de amor condenatoria,
hay besos que se dan con la mirada
hay besos que se dan con la memoria.

Hay besos silenciosos, besos nobles
hay besos enigmáticos, sinceros
hay besos que se dan sólo las almas
hay besos por prohibidos, verdaderos.

Hay besos que calcinan y que hieren,
hay besos que arrebatan los sentidos,
hay besos misteriosos que han dejado
mil sueños errantes y perdidos.

Hay besos problemáticos que encierran
una clave que nadie ha descifrado,
hay besos que engendran la tragedia
cuantas rosas en broche han deshojado.

Hay besos perfumados, besos tibios
que palpitan en íntimos anhelos,
hay besos que en los labios dejan huellas
como un campo de sol entre dos hielos.

Hay besos que parecen azucenas
por sublimes, ingenuos y por puros,
hay besos traicioneros y cobardes,
hay besos maldecidos y perjuros.

Violeta Parra

Violeta del Carmen Parra Sandoval nasceu em San Fabián de Alico no dia 4 de outubro de 1917. Foi uma cantautora, pintora, escultora, ceramista e poeta chilena. É considerada a folclorista mais importante do Chile, por ser uma das fundadoras da música popular do país.
Seu trabalho serviu de grande inspiração a muitos artistas posteriores a ela, que continuaram o árduo resgate da música campesina chilena. Suas canções foram musicadas por milhares de artistas dentro e fora do continente. Em um país de poetas universais como Neruda, Mistral e Huidobro, Violeta alcança um patamar internacional com textos de origem popular em que não são raras as décimas e as rimas de sabor ingênuo, mas eivados de uma ironia mordaz, de um certo anti-clericalismo e um sentido de protesto visceral.

Confere os versos da poeta:

Mazúrquica Modérnica

Me han preguntádico varias persónicas
Si peligrósicas para las másicas
Son las canciónicas agitadóricas.
Ay, qué pregúntica más infantílica!
Sólo un piñúflico la formulárica
Pa mis adéntricos yo comentárica.

Le he contestádico yo al preguntónico
Cuando la guática pide comídica
Pone al cristiánico firme y guerrérico
Por sus poróticos y sus cebóllicas,
No hay regimiéntico que los deténguica
Si tienen hámbrica los populáricos.

Preguntadónicos, partidirísticos,
Disimuládicos y muy malúlicos
Son peligrósicos más que los vérsicos
Más que las huélguicas y los desfílicos,
Bajito cuérdica firman papélicos,
Lavan sus mánicos como piláticos.

Caballeríticos almidonáticos
Almidonádicos mini ni ni ni ni...
Le echan carbónico al inocéntico
Y arrellanádicos en los sillónicos
Cuentan los muérticos de los encuéntricos
Como frivólicos y bataclánicos.

Varias matáncicas tiene la histórica
En sus pagínicas bien imprentádicas,
Para montárlicas no hicieron fáltica
Las refalósicas revoluciónicas.
El juraméntico jamás cumplídico
Es el causántico del desconténtico.
Ni los obréricos, ni los paquíticos
Tienen la cúlpica señor fiscálico.

Lo que yo cántico es una respuéstica
A una pregúntica de unos graciósicos
Y más no cántico porque no quiérico
Tengo flojérica en los zapáticos,
En los cabéllicos, en el vestídico,
En los riñónicos y en el corpíñico.


Carmen Berenguer
Carmen Berenguer nasceu em Santiago, no ano de 1946. É poeta, crônista e artista visual. Descubriu-se poeta na juventude, ao escrever aquilo que não conseguia dizer por outros meios. Pertenceu ao grupo de poetas que interrompeu a literatura dos anos 80, em plena ditadura de Pinochet.

É integrante da bohemia desses tempos, onde se transformou em uma personagem marginal por frequentar o famoso bar Xeque Mate (Jaque Mate).
Publicou três obras: Bobby Sands desfallece en el muro - 1983; Huellas del Siglo - 1986; e A media asta - 1988.

Foi editora das revistas Hoja X Ojo e Al Margen. No ano de 1987 organizou juntamente a outras escritoras o Primeiro Congresso de Literatura Feminina.
Sua poesia consta em várias antologias e foi traduzida da mesma maneira a diversos idiomas. Sua obra não se limita a lírica, trabalhou como crônista e artista visual durante os anos seguintes.

Confere os versos da poeta:

BAR JAQUE MATE
A las minas del bar

(5.a.m.)
El devenir es un fantasma que no asusta a nadie.
(Permíteme decirlo)
con barniz amarillo
y renovado quedó el techo antiguo.

Sus espejos le devolvían el pasado.
Zócalos encubiertos con ribetes
de mierda de moscas: dejando una exudación,
a la entrega febril de una hora.

Es probable que se haya ordenado hacer el carnaval
post moderno en la Plaza,
para perderlo todo
ribeteado de estrellas en el cielo azul.

Sin duda zócalos amarillos.
Asientos de vinil y lámparas
palmeras salmón.

¿Es Satie postmoderno?
(Puedo perder la vida por una nota)