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15 de setembro de 2014

Oficina dá dicas do arroz de leite campeiro, simples e original

Foto: Eliana Zarpelon/Divulgação PMPA
Segredos do doce caseiro foram revelados a oito visitantes Segredos do doce caseiro foram revelados a oito visitantes
Foto: Eliana Zarpelon/Divulgação PMPA
A receita e as dicas são da cozinheira Elise Camargo, que aprendeu com a avó A receita e as dicas são da cozinheira Elise Camargo, que aprendeu com a avó
Um dos mais tradicionais dos doces caseiros da culinária gaúcha, o arroz de leite tem sua versão campeira que é possível conhecer na oficina oferecida pelo piquete Severo Rotchê, dentro da programação de atividades do projeto Turismo de Galpão, que acontece no Acampamento Farroupilha. A receita e as dicas são da cozinheira Elise Camargo, que aprendeu com a avó quando tinha oito anos de idade. “É claro que ela cozinhava em fogão à lenha, que dá um gosto especial a tudo, mas o segredo é deixar o arroz ferver, com a paciência que todo doce caseiro exige”, disse Elise às oito visitantes porto-alegrenses que participaram da oficina realizada neste domingo, 14, à tarde.
 
Dose certa - O preparo da receita campeira começa com a fervura de dois litros de leite, aos quais se adiciona alguns cravos, canela em rama e uma xícara de arroz. “Se colocar mais, o doce fica seco”, vai ensinando Elise.  Quando o grão estiver quase cozido, são acrescidas duas xícaras de açúcar e segue a panela no fogo para mais fervura. “O leite vai engrossando aos poucos, ficando ‘amareladinho’, parecendo que dali vai sair um doce de leite”, oriente a oficineira. Quando o doce chega nesse ponto, o fogo é desligado e adiciona-se uma gemada bem cremosa feita com duas gemas e oito colheres de açúcar. “No arroz de leite campeiro, não se usa leite condensado mas gemada, que dá a cremosidade ao doce”, ressalta Elise, que segue com as dicas: remover a pele da gema do ovo com um garfo para reduzir seu gosto forte e sempre bater a gemada à mão para deixa-la com a consistência certa.
 
Descobertas -  Após uma hora, com a sobremesa pronta, é hora de as “alunas” provarem e dizerem se a oficina desvendou algum segredo do singelo doce caseiro. Sobre o resultado da receita, houve unanimidade: “muito gostoso, delícia, aprovado”. Sobre o aprendizado, pouca discordância do grupo.  Embora o doce não fosse desconhecido de ninguém, as dicas foram preciosas. “Sempre cozinhei o arroz primeiro na água e só depois acrescentava o leite; vi agora que não precisa de água”, descobriu Marina Nitsch. “Agora sei que vai mais leite do que arroz, para o doce não ficar seco”, acresceu Ana Helena Porto. Uma última dica de Elisa, que também requer paciência: fazer o arroz de leite para comer no dia seguinte.
 
Opções - O projeto Turismo de Galpão prossegue a partir de segunda-feira, 15, até o encerramento do Acampamento Farroupilha, dia 21. As oficinas são abertas aos visitantes do evento que queiram ter experiências e vivências únicas com as tradições do Rio Grande do Sul. Oficinas de forjamento e afiação de facas, de músicas e danças tradicionais, de erva mate, churrasco e chimarrão, sobre a pelagem dos cavalos são algumas das opções, na maioria gratuitas, que podem ser conferidas. Informações e inscrições para as atividades estão disponíveis no Galpão da Hospitalidade, localizado próximo à entrada principal do Parque Harmonia.
 


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Texto de: Eliana Zarpelon
Edição de: Andrea Brasil
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.