07/09/2014 12:19:29
As 15 vagas abertas pelo piquete Rancho do Tininho para a oficina Afiação 
de Facas, que faz parte da programação do projeto Turismo de Galpão, no 
Acampamento Farroupilha, foram todas preenchidas por homens e mulheres curiosos 
em aprender como deixar impecável o fio da faca do churrasco ou de uso geral na 
cozinha. 
Comandada pelos cuteleiros de facas artesanais Leandro Ribas e Hector 
Yucatán, a oficina começa ensinando os participantes a tirar completamente o fio 
de uma faca, a ponto de ela não cortar sequer uma folha de papel. Depois, passo 
a passo, leva cada um a identificar o desgaste da lâmina, a manuseá-la em cima 
de três diferentes tipos de pedra de afiar, da mais áspera e comum àquelas que 
recentemente começam a ser fabricadas no Brasil, com maior quantidade de grãos 
por centímetro quadrado e que permitem o refinamento da afiação das 
lâminas.
Detalhes - Movimento e ângulo da faca sobre a pedra de 
afiar, remoção das arestas de metal com a imersão da pedra na água, tudo é 
demonstrado e ensinado em detalhes, sem pressa. “A proposta da oficina é que a 
pessoa saia daqui sabendo como dar às suas facas um fio de qualidade”, afirma 
Yucatán. Por isso, o tempo de duração da oficina depende do desempenho dos 
participantes. Ele assegura que, depois de aprender, é possível deixar uma 
lâmina “ouro-e-fio” em três minutos.
Dicas é o que não faltam na oficina. Por exemplo, durante a afiação, 
deve-se direcionar o fio da faca sob a luz: ao contrário do que se poderia 
imaginar, se ele brilhar é porque a faca ainda não está perfeitamente afiada. 
“Os pontos de brilho são as arestas de metal que ainda existem e precisam ser 
eliminadas”, explica Ribas.
O casal Jair e Lucimara Gonçalves saiu da oficina plenamente satisfeito. 
Acostumado a afiar suas facas com a tradicional “chaira”, Jair se inscreveu para 
a atividade com o objetivo de aperfeiçoar a técnica. “Agora sim sei como usar 
uma pedra de afiar”, diz Jair. “Agora descobri o segredo da pedra”, afirma 
Lucimara, que tem uma pedra de afiar em casa, mas não sabia muito bem como usar. 
“A oficina é ótima, nunca havia conseguido deixar uma faca tão bem afiada”, 
admite. A próxima edição da oficin a será no sábado, 13, às 16h.
Cultura viva - Nas oficinas de Turismo de Galpão, os 
visitantes têm a oportunidade de conhecer e aprender a história, as tradições, 
os hábitos, usos e costumes do povo gaúcho de forma criativa. Há oficinas da 
culinária regional que ensinam o preparo do churrasco, arroz de carreteiro, 
doces caseiros como ambrosia e arroz de leite, pão, cuca, café campeiro e café 
de chaleira, este acompanhado do pastel de carreira. Dicas para um bom 
chimarrão, lendas, danças, montaria, forja e afiação de facas são algumas das 
mais de 140 oficinas que aguardam os visitantes até o final do Acampamento 
Farroupilha. A programação completa está em www.portoalegrecriativa.info. 
Galpão da Hospitalidade - O centro de referência de toda a 
programação, bem como o local de inscrição para as oficinas, é o Galpão da 
Hospitalidade, localizado próximo à entrada principal do Parque Maurício 
Siritsky Sobrinho (Harmonia), ao lado do Centro de Eventos Casa do Gaúcho. A 
estrutura de quase 200 metros quadrados funcionará diariamente, das 9h às 22h, 
com uma equipe de recepcionistas e intérpretes, espaço de convivência e material 
impresso com a programação das oficinas nas versões português, inglês e 
espanhol. Para orientar o público, 30 placas com indicações em três idiomas 
sinalizam o acesso ao Galpão da Hospitalidade dentro do parque, e os 52 piquetes 
e entidades tradicionalistas preparados para receber turistas em oficinas são 
identificados com o Selo Turismo de Galpão, exibido na área externa dos 
galpões.
/acampamento_farroupilha /turismo
Texto de: Eliana 
Zarpelon
Edição de: Vanessa Oppelt Conte
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
Edição de: Vanessa Oppelt Conte
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
 
 
 
