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7 de março de 2014

Projeto disponibiliza aulas de gaita ponto a alunos da rede

Foto: Bruno Teixeira/Divulgação PMPA
Projeto é aberto a crianças e jovens da região da Lomba do Pinheiro
Projeto é aberto a crianças e jovens da região da Lomba do Pinheiro
A Secretaria Municipal de Educação (Smed), em parceria com o Instituto Renato Borghetti de Cultura e Música, disponibiliza aulas de gaita ponto a alunos de escolas da rede municipal de ensino situadas no bairro Lomba do Pinheiro. O projeto Fábrica de Gaiteiros é uma oficina desenvolvida pelo Instituto Villa-Lobos e visa, além do aprendizado, à inclusão social pela música. As aulas ocorrem todas as segundas e quartas-feiras, na sede do Centro de Promoção da Criança e do Adolescente (CPCA), avenida João de Oliveira Remião, 4444, parada 10, Lomba do Pinheiro, Porto Alegre.

Iniciado em setembro de 2013, o projeto abrange quatro escolas e três unidades do CPCA e é aberto a crianças e jovens da região. Atualmente, conta com 11 alunos que, durante duas vezes por semana, recebem aulas teóricas e práticas sobre gaita ponto. As aulas são promovidas na sede do CPCA para que os estudantes realizem atividades em turno integral. “A proposta do Renato Borghetti é semelhante a nossa e vem agregar e qualificar a ampliação do projeto, dando acesso ao conhecimento sobre um instrumento muito importante culturalmente, mas que tem sido pouco difundido”, afirma Cecília Rheingantz Silveira, coordenadora e regente da Orquestra Villa-Lobos .     

 Para que os alunos possam desenvolver as habilidades necessárias, as aulas são desenvolvidas por meio de acompanhamentos individuais. O projeto dispõe de duas gaitas ponto artesanais doadas pelo Instituto Renato Borghetti de Cultura e Música, que também presta assessoria ao professor Elmer Fagundes, do Instituto Villa-Lobos, músico nativista e morador do bairro Lomba do Pinheiro. “É legal passar o conhecimento para a gurizada. “O projeto é importante pelo resgate cultural tanto pelo ofício do instrumento quanto pelo repertório musical. Se as crianças não tiverem contato com a cultura ela acabará se perdendo”, afirma o professor.

Os alunos consideram o projeto como uma grande oportunidade. No caso de Cláudio Borba, 14 anos, é a realização de um sonho: “É um orgulho! O meu sonho de criança era ser gaiteiro. Não queria saber de bicicleta, queria ganhar uma gaita. Um dia estava no coral da Igreja e fiquei sabendo do projeto. Não perdi tempo e fui correndo me inscrever”, conta.  Para Matheus Welter, 13 anos, aluno da Escola Municipal de Ensino Fundamental Heitor Villa-Lobos, é a oportunidade de trabalhar com o que mais gosta: a música. “Eu gosto de música. Achei legal aprender a tocar gaita. O fato do professor ser morador da comunidade também me motiva, pois me identifico com ele”, explica.

Orquestra Villa-Lobos – Promove a inclusão social por meio da música, transformando a vida da comunidade da Vila Mapa na periferia de Porto Alegre. A iniciativa presta mais de 800 atendimentos semanais gratuitos a crianças e adolescentes da Lomba do Pinheiro em diversas oficinas de música. O currículo da orquestra conta com produção de dois CDs: O Trenzinho do Caipira (2002) e Olhos Coloridos (2008), além da publicação do livro Orquestra Villa-Lobos – música que transforma (2012).

O grupo também já recebeu importantes premiações, como: Prêmio Artístico Lupicínio Rodrigues, da Câmara de Vereadores de Porto Alegre; troféu de Defesa de Direitos Humanos no Rio Grande do Sul, promovido pela Unesco/Assembleia Legislativa/Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho; certificação, pelo Ministério da Cultura, com o selo Prêmio Cultura Viva, como iniciativa reconhecida pelo seu caráter inovador e impactante na vida da comunidade; Prêmio Líderes & Vencedores 2009, pela Federasul e Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul; certificação do Prêmio Itaú Unicef 2011; Menção Especial do Prêmio Açorianos de Música 2012 e o Prêmio Educação RS, concedido pelo  Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul, em 2013.


/educacao
Texto de: Bruno Teixeira (estagiário) / Supervisão: Adriano Santana
Edição de: Gilmar Martins
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.