Um dos festivais mais importantes na cena
cultural do país, o Festival do Teatro Brasileiro, chega à 15ª
edição e estará pela segunda vez consecutiva em palcos sulistas. Desde 2011 o
FTB incluiu Porto Alegre e o RS em sua rota de circulação, para deleite do
público gaúcho. Este ano não será diferente e entre 26 de julho e 16 de agosto,
o Festival do Teatro Brasileiro traz a rica produção paranaense para nossas
casas de espetáculos. O patrocínio é da Petrobras e o co-patrocínio é da Copel /
Governo do PR.
Grupos que são referência nas artes cênicas
brasileiras, estarão presentes em oito diferentes espetáculos, com sessões
distribuídas pelos teatros da cidade. Também serão oferecidas quatro categorias
de oficinas, ministradas em salas da Casa de Cultura Mário Quintana. No interior
do RS, o espetáculo Tropeço irá para as cidades de Chuí, Santa Vitória
do Palmar e Santana do Livramento. Durante os 21 dias de realização do festival
acontecem bate-papos com o público após as apresentações e convites ao convívio
entre os grupos paranaenses e locais para trocas de experiências
profissionais.
Na programação do FTB – Cena Paranaense o
destaque está na excelência e diversidade dos espetáculos com gêneros que passam
pela comédia, drama contemporâneo, circo e musical. Entre eles estão premiadas e
reconhecidas montagens em todo o Brasil, como Vida, vencedor do Prêmio
Bravo! Bradesco Prime de Cultura como melhor espetáculo de 2010. Já a peça
Oxigênio, traz no seu elenco Rodrigo Bolzan, escolhido melhor ator do
24º Prêmio Shell. Ambos os espetáculos são da Companhia Brasileira de
Teatro, que também apresenta o drama adulto Descartes com
Lentes.
Ainda participam do FTB, os grupos
Antropofocus TM, com a comédia Contos Proibidos de
Antropofocus; Tato Criação Cênica, com os espetáculos
Tropeço e E Se… – teatro de animação para adultos e crianças,
respectivamente, com roteiro que não possui diálogos, sendo constituído de
onomatopeias e ações das personagens. A Companhia dos Palhaços
traz o musical circense Concerto em Ri Maior. E a Armadilha
Companhia de Teatro apresenta o drama contemporâneo Bolacha
Maria, com elementos que unem realidade e ficção no jogo cênico de uma peça
dentro de outras peças.
As oficinas de qualificação de atores também de
destacam na programação e serão ministradas por experientes e consagrados
atores, companhias e grupos do Paraná: “Oficina de dramaturgia” com Marcio
Abreu, da Companhia Brasileira de Teatro; “Prática de Teatro Contemporâneo”, com
Giovana Soar, também desta companhia, e “Levando o Riso a Sério”, com Rafael
Barreiros, da Companhia de Palhaços. As inscrições estarão abertas a partir do
dia 10 e podem ser feitas pelo e-mail http://ieacen.wordpress.com/.Os interessados devem preencher
ficha de inscrição e acrescentar currículo e carta de intenção. É necessária
experiência em teatro.
Esta edição do Festival, a exemplo das outras,
traz um bem elaborado programa de formação de plateia para alunos da rede
pública, com uma programação didática e apresentações. Outra ação proposta pelo
Festival que vale ser destacada é o intercâmbio entre grupos e coletivos de
artistas. As companhias paranaenses e os grupos daqui trocarão experiências,
assistirão a ensaios e conversarão sobre seus processos criativos, com a
propósito de estreitar elos e trocar experiências.
Sobre o FTB
O Festival do Teatro
Brasileiro começou a ser desenhado em 1997,
quando a Alecrim Produções Artísticas iniciou sua produção em Brasília com
espetáculos de grupos da Bahia. A experiência mostrou que o teatro baiano
oferecia peças teatrais de excelência, com diferentes linguagens, que poderiam
compor uma mostra.
A primeira edição da Mostra de Teatro da Bahia
foi realizada em 1999. Os resultados alcançados levaram à realização da segunda
edição no ano seguinte. Cada edição contou com a participação de quatro
espetáculos. Com um intervalo de dois anos, o projeto alcançou importante grau
de amadurecimento, passando a se chamar Festival do Teatro Brasileiro (FTB) para
que pudesse propor o intercâmbio para outros estados. Naquele ano, o foco ainda
foi a Bahia e se chamou FTB – Cena Baiana, quando foram apresentados oito
espetáculos. Destacaram-se nessas primeiras edições a participação do então
promissor ator Wagner Moura; e das atrizes Rita Assemany, com o espetáculo
Oficina Condensada, e Nilda Spencer, grande nome do teatro brasileiro.
Em 2003, foi a vez do FTB – Cena Pernambucana,
com a apresentação de sete espetáculos. Nesse momento,
o Festival deu um novo passo, acrescentando à programação
apresentações de rua, além do deslocamento de algumas apresentações para as
cidades do entorno e a realização de oficinas de qualificação profissional.
Foram destaques naquela edição o Grupo Piane, com o espetáculo “Ditirambos”, e
Geninha de Rosa Borges, veterana do Teatro Pernambucano.
Dois anos depois, chegou a Cena Mineira com oito
espetáculos. Mais uma vez o projeto inovou com a realização de oficinas de média
duração: uma de construção de instrumentos e transmissão de ritmos da cultura
musical popular para 180 jovens em situação de vulnerabilidade; e outra para
três jovens grupos de Brasília, com 240 horas de trabalho, coordenada por Chico
Pelúcio, ator do grupo Galpão.
Em 2007, o projeto ocorreu pela primeira vez fora
do Distrito Federal. Iniciava em 12 de janeiro, o FTB- Cena Mineira no Rio de
Janeiro, mesma data em que estreavam outras 22 produções teatrais na Cidade
Maravilhosa, vitrine do teatro brasileiro. Apesar da forte concorrência, os
resultados não poderiam ter sido melhores. A taxa de ocupação em todas as
sessões foi superior a 90%; as apresentações de rua empolgaram a plateia; e a
mídia deu amplo destaque, o que comprovou o potencial do projeto.
A oitava edição do Festival do Teatro
Brasileiro ocorreu no primeiro semestre de 2009, com o intercâmbio entre o
teatro pernambucano e os cenários da Bahia e Sergipe, mobilizando cerca de
16.000 espectadores para as 40 apresentações. No mesmo ano o FTB realizou sua
nona etapa, com a Cena Baiana sendo apresentada nos estados do Ceará e Maranhão.
Ao todo foram 17 espetáculos vistos por quase 20 mil pessoas.
A décima edição do Festival, com a apresentação
da Cena Cearense em MG e ES teve, nas suas 76 ações, um público superior a 16
mil pessoas. As 30 apresentações e 03 exibições de Vídeo-Dança realizadas em
Belo Horizonte, Betim e Sabará, mobilizaram, um público de 6.129 pessoas.
Em 2011 foi a vez dos gaúchos, paranaenses e
paulistas receberem a Cena Mineira. No Paraná as apresentações aconteceram
em Curitiba, Maringá e Ponta Grossa. O projeto, nas suas 111 ações, teve um
público superior a 24 mil pessoas. 18 espetáculos de 15 diferentes grupos e
coletivos mineiros apresentaram seus espetáculos 86 vezes. 61 apresentações
foram realizadas em teatros nas cidades de Campinas, Paulínia, Sorocaba,
Curitiba, Ponta Grossa, Araucária, Porto Alegre, Caxias do Sul e Novo Hamburgo
com cobrança de ingressos a R$ 5,00 a meia-entrada e R$ 10,00 a inteira. Foram
25 apresentações de rua, gratuitas, para um público de 5.735 pessoas. Foram
realizados 10 bate papos entre público e plateia após as apresentações.
Os espetáculos “O Negro, a Flor e o Rosário” e “
Don João e a Invenção do Brasil” foram apresentados 6 vezes exclusivamente para
7 mil alunos das redes públicas de ensino de São Paulo, Paraná e Rio Grande do
Sul. 33 profissionais entre coordenadores pedagógicos e arte educadores
mantiveram contato com os alunos com o intuito de ampliar os horizontes de
percepção para as idas aos teatros que aconteceram logo em seguida.
Posteriormente os mesmo profissionais retornaram às escolas para uma avaliação
com os alunos das experiências vivenciadas.
Treze oficinas com carga horária de 277
horas foram frequentadas por 189 alunos e profissionais das artes cênicas. 2 das
oficinas aconteceram nos centros de reclusão femininos, Centro de Regime Semi
Aberto Feminino de Curitiba e na Penitenciária Madre Pelletier em Porto Alegre
para 34 mulheres. 10 encontros entre 24 grupos mineiros e dos 3 estados por onde
passou a caravana contribuíram para as trocas de experiências sobre seus
processos criativos, referências estáticas e modos de produção.
O FTB teve 5 núcleos de produção gerando 291
empregos diretos. Além de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul com 115 pessoas,
outros 2 núcleos, um em Brasília e outro em Belo Horizonte geraram outros 20
empregos temporários. Foram 156 artistas e técnicos mineiros que participaram
da caravana.
Em 2012, o FTB contou com duas novidades, a
realização da inédita Cena Gaúcha e da também inédita versão voltada para o
segmento de rua. Na ocasião, da Cena Gaúcha, Brasília, Taguatinga, Gama,
Ceilândia, Goiânia, Hidrolândia, Anápolis e Cidade do Goiás receberam um total
de 78 apresentações para um público superior a 56 mil pessoas com o patrocínio
da Petrobras. Outro aspecto inovador foi o envolvimento das universidades
federais do Distrito Federal e do Rio Grande do Sul, onde o festival promoveu
importantes trocas no âmbito acadêmico.
A décima terceira edição do Festival realizou no
Distrito Federal importantes ações que contribuíram com a visibilidade e
discussão em torno de ações teatrais voltadas para rua, fossem elas tradicionais
ou experimentais. O ponto alto do festival nesta ocasião foi a realização do
cortejo cultural dirigido pelo renomado diretor Hugo Rodas, celebrando as artes
na rua, durante as comemorações do dia da independência do Brasil. Com um
público estimado em 35 mil pessoas e a presença dos principais governantes do
país, o destaque para a cultura comoveu a todos.
A décima quarta edição com a apresentação da pela
primeira vez da Cena Distrito Federal termina no dia 07 de julho no MS. Lá estão
sendo apresentados 14 espetáculos em 24 apresentações.
A aproximação cultural proposta pelo FTB entre os
diferentes estados gerou momentos de reflexão sobre o quanto é importante essa
integração. Os resultados conquistados, afiançados pelos depoimentos dos
artistas, público, classe teatral e crítica especializada confirmam a disposição
para a troca de experiências proposta pelo Festival. O Festival do Teatro
Brasileiro na sua décima quinta edição contribui para estreitar laços,
fortalecer a rede de relações da cena teatral brasileira. O FTB demonstra ser
uma importante ação de complementação de política cultural aproximando os
estados brasileiros e contribuindo efetivamente para a circulação das artes
cênicas no Brasil!
De 26 de julho a 16 de agosto de 2013
Em Porto Alegre, Chuí, Santa Vitória do Palmar e Santana do Livramento
Ingressos:
R$ 20,00 inteira/
Descontos de 50% para estudantes, idosos, classe artística e clube do assinante
Saiba mais, acesse:
Site
http://www.alecrim.art.br/2012/index.html
Blog
http://festivalteatrobrasileiro.blogspot.com.br/
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