Parece estar rendendo frutos os esforços de um Grupo de Trabalho criado a partir de contatos feito pela Aecpars com o Pacto Gaúcho Pela Educação. Até o fim do ano, cerca de 1,6 mil pessoas de 22 municípios terão participado de cursos voltados à qualificação técnica do nosso Carnaval.
Embora ainda estejam previstas reuniões para definir detalhes, e por isso nada foi divulgado ainda, o fato é que já virou realidade o Programa que dá à comunidade carnavalesca a possibilidade de incrementar a cadeia produtiva do "mercado Carnaval", com geração de emprego e renda.
Conforme participantes desse GT, que envolve também a Superliga (Sulirgs) em algumas cidades já há cursos em andamento, mas o previsto é que o Programa tenha início efetivamente em agosto.
Como foi criado o "Programa de Qualificação para a Cadeia
Produtiva da Economia do Carnaval – Indústria Criativa”
O GT, que envolve também a Superliga, identificou nos cursos do Pronatec aqueles que seriam interessantes para o Carnaval e buscou instituições de ensino técnico que pudessem ser parceiras. Foram, então, criados os Cursos de Formação Inicial e Continuada, que prevê a criação de 80 turmas. Ainda há o objetivo de abrir duas turmas de um Curso de Extensão em Gestão para o Carnaval.
Os cursos
Entre os cursos já definidos, estão: agente de projetos sociais, artesão em bordado à mão, costureiro, costureiro de calçados, desenhista de moda, eletricista industrial, marceneiro, organizador de eventos, recepcionista de eventos, serralheiro, soldador. Haveria, ainda, tratativas para que haja adequação de oferta de cursos às necessidades mais específicas do Carnaval.
As cidades
Já aderiram Alegrete, Bagé, Canela, Canoas, Caxias, Esteio, Gramado, Guaiba, Itaqui, Novo Hamburgo, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Cruz, Santa Maria, Santana do Livramento, Santo Ângelo, São Borja, São Leopoldo, Sapucaia, Uruguaiana e Viamão.
Setores que o Carnaval movimenta
Entre os setores movimentados pelo Carnaval, estão as indústrias de borracha e plástico; vestuário e calçados; papel e celulose; produção de madeira; têxtil; metalúrgica; tintas; couro; vidro. Em menores quantidades, as indústrias de material eletro-eletrônico, máquinas e equipamentos, etc.
Oportunidades de emprego geradas
Há a contratação de diferentes especialidades, como modeladores, costureiras, marceneiros, coreógrafos, entre outros, para sua produção. Há, ainda, um conjunto de setores que se beneficiam indiretamente do desfile das escolas de samba, como a indústria turística, do audiovisual, fonográfica, editorial e gráfica, do entretenimento, dos instrumentos de percussão, de bebidas, de serviços do comércio, de sites da internet e, ainda, diversos serviços do mercado informal.
Mas, e as inscrições?
As inscrições serão feitas através de secretarias de ação social. Mas são as prefeituras, escolas e entidades representativas do Carnaval que devem apontar a melhor maneira de captar os alunos. Ainda não há, no entanto, uma fórmula definida. Nos próximos dias deve haver alguma informação concreta sobre o processo em cada cidade.