Além da histórica audiência pública que lotou um dos plenários da Câmara Federal dos Deputados na última semana (leia aqui, aqui e aqui), uma série de pré-audiências unindo as esferas políticas e carnavalescas vinham sendo realizadas em Brasília para debater intensivamente projetos de incentivo à cadeia produtiva do Carnaval. Dos encontros, que contaram com participação de representantes gaúchos, resultou a criação de um Grupo de Trabalho:
— A ideia é debater e apresentar soluções para os desafios enfrentados pelos carnavalescos, respeitando as diversidades e peculiaridades regionais. E, no prazo de seis meses, apresentar um Plano Nacional para o setor — destacou o deputado gaúcho Paulo Ferreira.
Esse GT, composto por parlamentares, técnicos e, claro, movimentos carnavalescos, terá o prazo de 30 dias para apresentar propostas viáveis e sustentáveis para o setor. Entre os principais desafios que existem pelo caminho, estão a falta de políticas públicas, de qualificação dos trabalhadores do setor, de regulamentação do trabalho para o Carnaval, de apoio às iniciativas de inclusão social e de falta de fomento para o espetáculo.
E, se por um lado, inevitavelmente, muitos se perguntam se as iniciativas deixarão de ser ideias para se tornarem realidade, por outro lado temos pela primeira vez a sinalização federal e ampla de que o Carnaval está sendo encarada com seriedade. Afinal, além da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, nada menos do que cinco ministérios estão envolvidos nos projetos:
* Ministérios da Cultura
* Ministério do Turismo
* Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
* Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação
* Ministério do Trabalho e Emprego
A expectativa é de que, em cerca de duas semanas, a Comissão tenha recebido a indicação de nomes de cada Estado para que seja construído coletivamente o projeto estruturante do Carnaval.