Hoje pela manhã corri os olhas
pelo jornal Zero Hora que recebo na porta de meu rancho e, como sempre faço,
comecei a leitura pela penúltima página, ou seja, a coluna do jornalista Paulo
Santana. Mas que decepção...
Gosto do estilo, das opiniões
fortes, da veemência, das palavras empregadas no texto deste colunista.
Contudo, como tudo na vida,
sempre há o dia da decepção. O meu, com Paulo Santana, foi hoje (assim como com
o lutador Anderson Silva foi na madrugada de domingo).
Com o sinistro ocorrido em
nosso querido e histórico mercado Público de Porto Alegre, Paulo Santana
simplesmente prega sua implosão e a construção de um moderno shopping, com
estacionamento, etc...
Mas e a memória? E a história?
E a preservação cultural?
O Mercado Público faz parte da
vida dos portoalegrenses e do próprio povo gaúcho. Por ali andejaram boêmios
como Lupicínio Rodrigues (que o jornalista tanto decanta), políticos que
marcaram época, pessoas comuns do povo... O Mercado
Público era, é e sempre será o coração da cidade de Porto Alegre!
Que idéia infeliz, Senhor Paulo
Santana!
Seria o mesmo que implodir as
ruínas missioneiras, em São Miguel para a construção de uma nova e moderna
catedral, ou seja, um descalabro, um acinte, uma senilidade.
Agora atentem para o pior:
- Foi de Francisco Paulo
Santana, então vereador desta capital, o projeto aprovado para o tombamento,
isto é, a preservação oficial, do Mercado Público. SANTA INCOERÊNCIA!