Depois de adiamentos e uma paralisação no trabalho, reforma avança
Fernanda Bastos
FREDY VIEIRA/JC
O valor da obra da Casa dos Conselhos, que irá sediar as atividades dos 26 conselhos municipais de Porto Alegre, pode sofrer novo reajuste. Orçada incialmente em R$ 476 mil, a restauração do imóvel localizado em um prédio na esquina das avenidas João Pessoa e Venâncio Aires teve a previsão elevada para R$ 657 mil. Mas o Executivo estima que o valor final de desembolso deva ficar mais próximo do primeiro orçamento.
Executivo fez reajuste no valor da obra de restauração do imóvel na esquina da João Pessoa com Venân
A coordenadora dos conselhos, Isabel Bretanha, avalia que a fiscalização foi essencial para chegar à economia dos valores. Ela relata que, em função das dificuldades financeiras enfrentadas pela prefeitura, o prefeito José Fortunati (PDT) pediu que todos os agentes públicos intensificassem a fiscalização sobre as obras, tentando evitar desperdício de dinheiro.
Depois de seguidos adiamentos e de uma paralisação para adequação do projeto às normas de acessibilidade, as obras estão em um bom andamento, avalia a gestora. "Foi feita toda a pintura dos portões e no prédio para que não perdessem suas características", aponta, lembrando que a edificação de dois andares é tombada pelo patrimônio histórico. A expectativa é de que os trabalhos se encerrem em fevereiro. Entretanto, a obra só deve ser entregue no fim de março.
Isabel conta que a ideia do Executivo municipal é inaugurar o espaço no dia de comemoração do aniversário de Porto Alegre, em 26 de março. A coordenadora destaca que a obra é "um presente para a cidade" e sugere que a entrega nessa data tornará o ato mais simbólico.
"Chamaremos a atenção da população para a importância dos conselhos", justifica. Quem passa pelo local já observa alguns avanços externos na obra. Tradicionalmente amarela, parte das laterais começa a ganhar nova pintura, de cor laranja.
A Casa dos Conselhos vai acolher salas de reuniões, escritórios e o Centro Administrativo dos Conselhos. A ideia inicial era de que um novo prédio fosse planejado para abrigar conselhos que não têm local fixo para os encontros ou que utilizam espaços improvisados para tocar as atividades.
Com a necessidade de apertar as contas, a prefeitura tem tentado resolver o problema da falta de espaço de parte dos conselhos junto às secretarias. "Estamos conversando com os conselhos e com os secretários, para que os acolham", indica.