Órgão se manifestou a pedido do Movimento Moinhos Vive, mas não pode reverter acordo firmado
Conforme acordo, três casas serão demolidas para construção de um empreendimento residencial
Foto:
Tadeu Vilani / Agencia RBS
Ao se posicionar sobre o caso das casas da Rua Luciana de Abreu,
no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, o Conselho Estadual de
Cultura (CEC) considerou a demolição das construções da década de 1930
como uma "mutilação". O posicionamento foi uma resposta a uma
solicitação do Movimento Moinhos Vive, também contrário ao acordo firmado há duas semanas.
Apesar de se opor, o CEC não tem poderes para alterar o pacto feito entre o Ministério Público, a construtora Goldsztein e a prefeitura de Porto Alegre. Em 6 de novembro, foi anunciado que três das seis residências serão restauradas e preservadas. As outras serão demolidas para a construção de um empreendimento residencial.
Conforme o ofício do CEC, assinado pelo presidente, Neidmar Roger Charão Alves, "o interesse público está sendo colocado em plano secundário e a solução encontrada é nefasta aos interesses claros da comunidade".
O conselho ainda diz que está à disposição do Moinhos Vive para apoiar ações que tentem reverter o processo.
Entenda o caso
Em 16 de setembro, a Justiça negou o valor histórico das construções da década de 1930. A decisão abriu caminho para que a Goldsztein pudesse construir um edifício de 16 andares no local. A decisão foi contestada por moradores do bairro e defensores da preservação do casario, que organizaram manifestações em frente às construções e se mobilizaram via redes sociais.
Leia mais:Carol Bensimon: As casas da Luciana
Apesar de se opor, o CEC não tem poderes para alterar o pacto feito entre o Ministério Público, a construtora Goldsztein e a prefeitura de Porto Alegre. Em 6 de novembro, foi anunciado que três das seis residências serão restauradas e preservadas. As outras serão demolidas para a construção de um empreendimento residencial.
Conforme o ofício do CEC, assinado pelo presidente, Neidmar Roger Charão Alves, "o interesse público está sendo colocado em plano secundário e a solução encontrada é nefasta aos interesses claros da comunidade".
O conselho ainda diz que está à disposição do Moinhos Vive para apoiar ações que tentem reverter o processo.
Entenda o caso
Em 16 de setembro, a Justiça negou o valor histórico das construções da década de 1930. A decisão abriu caminho para que a Goldsztein pudesse construir um edifício de 16 andares no local. A decisão foi contestada por moradores do bairro e defensores da preservação do casario, que organizaram manifestações em frente às construções e se mobilizaram via redes sociais.
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