Obras terão investimento de R$ 600 milhões com recursos privados
O prefeito José Fortunati visitou nesta terça-feira, 12,   as obras de revitalização do Cais Mauá. Acompanhado do chefe da Casa Civil do   Governo do Estado, Carlos Pestana, e do diretor-presidente do consórcio Porto   Cais Mauá do Brasil (PCMB), Ademir Schneider, que vai administrar o espaço,   Fortunati assistiu ao início dos trabalhos da Procon Construções, empresa   encarregada de executar a primeira fase da obra, que abrange a restauração dos   19 armazéns do conjunto não operacional do cais. "Os primeiros 11 armazéns devem   ficar prontos até maio ou junho do ano que vem, ainda antes da Copa. Os outros   oito, até setembro de 2014, completando essa primeira fase", explicou Ademir   Schneider, do PCMB. (fotos)
  A empresa se instalou na área no sábado e começou a   montar o chamado canteiro de obras. O consórcio recebeu a área para explorar por   20 anos em dezembro de 2010. O ato final para tornar realidade a revitalização,   esperada há mais de 30 anos pelos moradores de Porto Alegre, foi a autorização   da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), publicada em 21 de   outubro no Diário Oficial da União. "O mais importante é que, nessa obra, os   investimentos que começarão em R$ 70 milhões, mas devem chegar, no final, a mais   de R$ 600 milhões, são totalmente privados, sem um centavo de dinheiro público,   quer seja federal, estadual ou municipal", destacou o prefeito. O complexo, após   concluído, prevê a construção de um shopping center, hotel, estacionamento e   centro de eventos e está orçado em mais de R$ 600 milhões.  
  O diretor-presidente da PCMB, Ademir Schneider, disse   que os primeiros dias serão dedicados a reunir mão de obra e organizar as   intervenções iniciais. Schneider ressaltou que a definição pela empresa Procon   seguiu o critério de capacidade de execução e rápida   mobilização. 
  Na sexta-feira passada, os acionistas do consórcio   (espanhóis da GSS, com 51% do capital, NSG, 39%, e grupo Bertin, 10%) aprovaram   a proposta da Procon. A primeira fase, que deve ser concluída até o fim de 2014,   está orçada em R$ 70 milhões. Sobre a previsão de conclusão de parte do projeto   para a Copa, o chefe da Casa Civil do governo estadual, secretário Carlos   Pestana, espera que pelo menos os armazéns mais próximos ao pórtico estejam   concluídos. A expectativa é ter o Cais Mauá como uma das atrações para o   Mundial. "A prefeitura agilizou as licenças das obras de infraestrutura, o que   permitiu ao consórcio dar início ao trabalho", afirmou   Pestana. 
  Fortunati disse que para que isso fosse possível, o   poder público municipal teve de mobilizar dez secretarias em torno do projeto,   para que cada uma delas, de sua área de ação, fizesse o possível para viabilizar   o empreendimento. Segundo o prefeito, o novo Cais Mauá, "além de mudar a cara do   Centro Histórico de Porto Alegre, do lado de cá e do lado de lá do muro, será um   grande gerador de emprego e renda, além de arrecadar recursos, sob forma de   impostos, para o município", concluiu. 
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Texto de: Antônio Bavaresco
Edição de: Manuel   Petrik
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