O público poderá conferir, das 9h às 12h, das 13h30 às 18h e das 19h30 às 22h, à exceção de quinta-feira à noite, apresentações musicais; produção de trabalhos artísticos, como máscaras africanas; encenação da peça teatral Anne Frank e a bondade dos homens; contações de histórias; oficina de capoeira, palestras e debates sobre orixás, lendas indígenas e mitos.
Ubuntu - Expressão de origem africana do idioma Bantu, Ubuntu significa a humanidade para com os outros ou eu sou porque nós somos e tem como foco alianças e relacionamentos. “Essa é essência do evento, que reúne cores e sons variados, destacando relatos e mostras”, informou o assessor de relações étnico-raciais da Smed, Vanderlei de Paula Gomes. O professor acrescentou que, durante os dois dias de atividades, integrantes de 19 escolas da rede municipal exporão trabalhos e vivências no ambiente formal de ensino, com previsão de circulação de cerca de 300 pessoas, entre alunos, docentes e público em geral.
A abertura dos trabalhos foi feita pelo mestre Chico, que, por meio da música, dividiu saberes populares – como a crença no compartilhamento que conecta toda a humanidade – com o público, que o acompanhou, somando-se a sua voz. A letra da composição fala do estar junto, da convivência, da harmonia. A titular da Smed, Cleci Maria Jurach, elogiou a realização do fórum e agradeceu o trabalho dos professores responsáveis pela multiplicação dessa proposta nas escolas.
Redação - Ao destacar a importância do evento, Cleci referiu-se à redação do aluno Marlon de Oliveira Fidelix, do Centro Municipal de Educação dos Trabalhadores (Cmet) Paulo Freire, que conquistou nesta semana o primeiro lugar em concurso de redação promovido em parceria entre Smed, Associação Beneficente e Cultural B’nai B’rith do Brasil e Instituto Cultural Judaico Marc Chagall, como parte da 4ª jornada interdisciplinar sobre o ensino do Holocausto.
“O texto do nosso aluno fala das diferenças e de como tudo seria monótono e sem graça se todos fôssemos iguais. É exatamente na diferença que se encontra a beleza e, sendo diferentes, nos tornamos iguais”, destacou. Segundo a secretária, é importante olhar o colega com respeito e saber que todos temos história, origem.
Som vem da panela - O grupo de música da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Judith Macedo de Araújo, coordenado pela docente de música Michelle Cavalcanti, arrancou aplausos do público ao encerrar sua apresentação. Utilizando instrumentos não convencionais, como tampas, bombonas de água, chaves e latas, os alunos produziram ritmos novos, trabalhando timbres e intensidade do som.
“O envolvimento deles é total”, disse Michelle. Com 12 anos e frequentando turma de sexto ano (B33), Elias Estevam resumiu: “é bom ter aula de música, a gente se diverte, se concentra, e tem que saber a hora de parar e ouvir, tem que ter disciplina”. Os relatores de trabalhos receberão kit do artesanato Mbyá-Guarani, com dois cestos, maraca e esculturas. O presente é fruto de parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, via Programa de Apoio às Comunidades Indígenas Mbyá-Guarani.
São parceiros do fórum e prestigiaram a abertura oficial as secretarias municipais da Saúde e do Povo Negro, representada pela secretária-adjunta, Elisete Moretto, Câmara Municipal de Porto Alegre e Coordenação Pontos de Cultura, ligada à Secretaria Estadual da Cultura do Rio Grande do Sul, por meio do coordenador Ricardo Oliveira. A secretária-adjunta da Smed, Maria da Graça Gomes Paiva, também acompanhou a abertura oficial.
/educacao
Texto de: Eliana
Ferrari Dutra
Edição de: Vanessa Oppelt Conte
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
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