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14 de novembro de 2013

Filme Dyonélio

 
 
abs
Jaime
 
 
Dyonélio Release: Segue em cartaz  o novo filme de Jaime Lerner,  Dyonélio, com Clemente Viscaino, produção da Manga Rosa Filmes. Sessões na Cinemateca da casa de Cultura Mário quintana – horários e sala ver programação/agenda.
Sinopse:
 

Dyonélio Machado foi essencialmente um escritor, um político, um cientista ou um médico psiquiatra? Foi um republicano, positivista, chegado aos donos do poder no estado do RS, ou um comunista perseguido, preso, cassado pelas suas ideias políticas? Foi um autor premiado com um prestigiado prêmio nacional em seu romance de estréia, ou escritor maldito que por mais de 20 anos não encontrava editor para seus livros? Dyonélio, o filme, aborda o universo desta figura emblemática, num filme que trata a ficção como documentário e o documentário como ficção, fazendo da contradição a sua essência. Assim como Dyonélio.

 

Extratos da crítica:

Jornal do Comércio Caroline da Silva
"No filme de autoria (no sentido mais estrito) de Jaime Lerner, um dos
grandes destaques deste produto audiovisual é a interação milimétrica de
Clemente Viscaíno encarnando Dyonélio e de Claudio Cunha como um
investigador em uma sala de interrogatório. Dois grandes intérpretes em uma
atuação na medida para trazer a história do Estado e do País, criando ares
de divã com o psicanalista no lado oposto, sendo obrigado a olhar para seu
passado. Essa seria a parte "ficcional" do longa.
No que traz tom documental ao filme, a fotografia ganha o papel de
protagonista, trazendo registros de cenários gaúchos para ilustrar as
leituras de Os ratos (1935) e de O louco
do Cati (1941), livros-ícones do autor. Leonardo Machado empresta a voz (e
somente ela) aos trechos da trama de Naziazeno no romance de estreia de
Dyonélio, e Deborah
Finocchiaro recria sonoramente o cenário angustiante do segundo livro do
escritor."

Daniel Feix ZH
"Trata-se de um ensaio de formato inusitado, que mistura ficção e
documentário para estabelecer duas pontes, entre a vida e a obra do escritor
Dyonélio Machado e entre o universo habitado pelos personagens de seus
romances Os Ratos (19350 e O Louco do Cati (1942) e o cenário
contemporâneo...
Especialmente nas passagens urbanas, algumas associações são bastante
felizes, assim como a relação estabelecida entre as inquietações do escritor
e as angústias de seus personagens."

Pedro Henrique Gomes, Papo de Cinema.
"A tarefa fácil não era. Juntar pedaços, formular hipóteses, reconstruir
minimamente uma história que nos chega filtrada pelas ambiguidades dos
espaços habitáveis pelo personagem-título, criar um plano e um contra plano
para arregimentar esse discurso de "contradições" (qual política e qual
filosofia não carrega essa sina, afinal?). É em torno de um caráter
sintetizador – o que nem de longe pode ser confundido com o reducionismo
mais comum que "mostrar" as coisas pela via do simplismo – que o filme de
Jaime Lerner sobre Dyonélio Machado pretende organizar a pulverização dessas
ideias tão "perigosas". A obra de Lerner parece participar dessa aventura ao
se colocar diante das dificuldades de apreensão do mundo (esse mundo
cinematográfico que nos é tão caro e, ele também, perigoso), assumir seus
próprios anseios e ainda algo de uma "jocosidade estética"."