Nesta quinta-feira fui assistir o filme O Tempo
e o Vento. Não sou crítico de cinema, mas sei daquilo que gosto e do que não
gosto e gostei demais desta nova versão para a tela desta magnífica obra de
Erico Veríssimo, escritor de Cruz Alta que um jornalista disse ser, ao lado de
Paixão Côrtes, o responsável pela estagnação de nosso Estado. Vejam que
absurdo.
Mas bueno, voltemos para o filme antes que eu
me estresse antes de começar o texto....
A fotografia, as cenas externas, são de
arrepiar. Que lugares exuberantes temos neste Rio Grande. A indumentária é fiel
a cada época e tudo, desde os móveis e utensílios, é fidedigno a um tempo que,
lhes confesso, eu gostaria de ter vivido.
Em relação aos atores, tirando algum "chiadinho
carioca" foram bem. Nosso pessoal daqui, nota 10. Fernanda Montenegro, no papel
de Bibiana, já velha, e que faz o relato de toda a história, dispensa-se
comentários. Já assisti Um Certo Capitão Rodrigo na pele dos atores Francisco Di
Franco e Tarcísio Meira e, agora, Thiago Lacerda ficou ao nível (muito bom) dos
anteriores citados representando com maestria esta figura emblemática da
literatura sulina, Capitão Rodrigo Cambará.
Creio que a pedra no sapato do diretor Jayme
Monjardim foi fazer três em um, ou seja, adaptar a trilogia, O Continente, O
Arquipélago e O Sobrado, em um único filme. Talvez por isso, o roteiro tenha
atropelado diversas cenas contidas em outros longas específicos para cada livro.
Mas, tirando alguma confusão na cabeça de quem não conhece a história
especificamente na passagem da Revolução Farroupilha (Capitão Rodrigo) para a
Revolução Federalista (O Sobrado), principalmente em relação a cor de lenços, dá
para se dizer que Monjardim saiu-se muito bem.
Ao final, puxei um aplauso e fui seguido por muita gente.
Ao final, puxei um aplauso e fui seguido por muita gente.
Não vou fazer como o meu filho Lucas que viu o
filme Titanic 14 vezes mas, com certeza, voltarei ao cinema para rever O Tempo e
o Vento, pois vale a pena.