Foto: Anselmo 
Cunha/PMPA
 
 
Secretário Humberto Goulart destacou necessidade de apoiar o setor primário
Secretário Humberto Goulart destacou necessidade de apoiar o setor primário
A simplificação do processo de licenciamento de agroindústrias e atividades 
agropecuárias, o incentivo à produção primária  e a conservação de bens 
ambientais e paisagísticos foram assuntos discutidos na VIII Conferência 
Municipal de Agricultura e Abastecimento realizada nesta terça-feira, 29, no 
salão da Igreja São José Operário, no  bairro Lami. (fotos)
O  presidente do Conselho Municipal de Agricultura e Abastecimento (CMAA) e 
secretário municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic), Humberto Goulart, 
destacou a necessidade de “apoiar a produção primária em Porto Alegre, que é a 
 segunda Capital em área rural do país”. Além disso, salientou que "é preciso 
criar empregos e incentivar a  produção de alimentos orgânicos por serem mais 
saudáveis”. Para o secretário-adjunto da Smic, José Peres, é “uma atividade 
econômica importante, formada por pequenos produtores responsáveis pela geração 
de emprego, renda e sobrevivência de muitas pessoas.” A demarcação da Porto 
Alegre urbana e rural é fundamental, segundo o secretário Municipal do Trabalho 
e Emprego, Pompeo de Mattos, que considera a área agrícola  “um tesouro difícil 
de  manter devido a vários interesses”.     
A área rural de Porto Alegre tem 1.200 produtores distribuídos em 17 mil 
hectares, ocupados com produção de hortaliças, frutas e criação de  animais. 
 Essa área é considerada Cidade Rururbana pelo Plano Diretor de Desenvolvimento 
Urbano Ambiental (PDDUA),  o que traz dificuldades para o licenciamento das 
atividades agropecuárias e agroindústrias pela Secretaria Municipal do Meio 
Ambiente (Smam). 
A solução para o presidente do Sindicato Rural, Cleber Vieira, seria a 
volta da Zona Rural como existia antes de 1999, data da sanção do PDDUA. “Essa 
mudança possibilitaria o licenciamento de aproximadamente 700 produtores, 
impedidos de se regularizarem devido a uma  resolução federal, que não permite 
atividades agrícolas em regiões urbanas”.  Essa mesma luta é compartilhada pela 
produtora agroecológica e conselheira da Região de Gestão do  Planejamento 8 do 
Plano Diretor. Para Rosane de Marco, “é uma vocação que precisa ser respeitada e 
mantida pela produção primária, com a conservação de bens ambientais e 
paisagísticos”. O diretor da Divisão de Fomento Agropecuário da Smic, Antonio 
Bertaco, também considera  essa  reivindicação fundamental para a preservação 
“da tradição econômica, social, histórica e cultural da região rural de Porto 
Alegre”. 
Marco Legal - A volta da “zona rural” implica na alteração 
do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA). Porto Alegre tinha 
uma área definida como Zona Rural até a aprovação do PDDUA (Lei 434/99). A 
partir daí, passou a ser denominada área Rururbana, caracterizada pela 
predominância de patrimônio natural, possibilitando atividades do setor 
primário, lazer, turismo e uso residencial.  Essa denominação impede que a 
Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) conceda o licenciamento a 
atividades agrícolas em áreas urbanas, conforme determina a resolução do 
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama)  385/ 2006. 
/abastecimento
Texto de: Agnese 
Schifino
Edição de: Manuel Petrik
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
Edição de: Manuel Petrik
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.
 
 
 
