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2 de novembro de 2013

Manoel Paulo, diretor da CCMQ anuncia restauro interno para antes da entrega da restauração das fachadas


Manoel Paulo, que está à frente da Casa de Cultura Mario Quintana, comenta em entrevista feita pela AACCMQ que, após o restauro, com muitos problemas estruturais resolvidos,  a casa viverá um plano de gestão que priorize a qualificação dos espaços e uma programação que atenda as demandas artísticas e as expectativas do público. Ele complementa que  o mais importante  ”é que ela desempenhe o seu papel de equipamento irradiador da cultura no Estado, por ser um espaço que contempla as múltiplas linguagens, de todos os lugares, que receba e leve à população a sua síntese de uma inigualável produção artística.”
Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana- Você assumiu a CCMQ num momento delicado que se seguiu a duas gestões que pouco puderam fazer pela Casa, tanto pela morte de Marcos Barreto quando pela saída de Paulo Wayne. Mas, no final de 2011, houve a oferta do Banrisul para patrocinar o necessário e urgente restauro do edifício. Como você vê estes dois momentos?
Manoel Paulo – Bem, dirigir a CCMQ é um grande desafio e sendo o terceiro gestor em tão pouco tempo se tornou maior ainda. Acompanhei, em 2011, todo o trabalho e empenho do nosso saudoso Marcos Barreto, assessorado na época pelo Paulo Wayne, ambos na busca de soluções urgentes para a recuperação deste equipamento, inclusive iniciando a negociação com o Banrisul. Acredito que a relação entre Governo do Estado/SEDAC/Banrisul e Associação dos amigos da Casa foi essencial para consolidarmos este projeto.
AACCMQ- Após a entrega da restauração das fachadas e telhado, será a vez de melhorias internas, em especial acessibilidade e sinalética. Como está sendo montado este projeto pela sua equipe? Qual o a previsão para a entrega do projeto ao MinC? Ele poderia envolver, também, a readequação de salas e equipamentos culturais, que sofreram modificações ao longo do tempo em relação ao que projeto realizado por Joel Gorski e Flávio Kiefer na tranformação do velho Majestic na Casa de Cultura?
MP -A segunda etapa será entregue antes do término das fachadas e telhados, pois são intervenções mais rápidas e no interior do edifício. O projeto está sendo montado por uma equipe multidisciplinar, arquitetos, técnicos de iluminação e sonorização, agências especializadas em sinalização e acessibilidade, coordenados pela Associação dos Amigos, proponente do projeto. Seguindo o cronograma, o projeto será cadastrado até o final de outubro.
AACCMQ - A  visitação de escolares à CCMQ é um dos pontos fortes de sua historia, sendo formadora tanto de público quanto de futuros agentes e produtores culturais. Como esta ação pode ser ampliada a fim de contribuir para o fortalecimento da cidadania via cultura?
MP- A CCMQ faz agendamentos prévios com escolas e grupos de estudantes. A nossa central de informações atende os agendamentos através de visitas guiadas, que “contam” a história do prédio, sua construção e estilo, e, principalmente sobre a vida e a obra do nosso mais ilustre hóspede, o poeta Mario Quintana, além de conduzir os visitantes por todos os setores da casa, demonstrando a diversidade das ações culturais que o equipamento promove. As visitas também são conduzidas, em alguns casos, principalmente com escolas públicas e crianças com necessidades especiais, pela personagem Traça Biblió que trabalha com uma linguagem pedagógica e com temáticas que dialogam com a obra do Mario Quintana. Compreendo que esta modalidade de visitas guiadas seja mais qualificada e que precisamos realizá-la com maior frequência. Cabe destacar que o cachê da artista é pago pela AACCMQ, com recursos do Banrisul.
AACCMQ – Quais seriam as iniciativas previstas pela direção da CCMQ para o período pós-restauração, tanto na programação quanto administrativamente? Alguma reformulação quanto ao abrigo, já ocorrido em outros tempos, de alguns institutos (Artes Cênicas, Artes Visuais, Música e Cinema) e parte da Biblioteca Pública do Estado?
MP - Imaginamos a CCMQ restaurada e com muitos problemas estruturais resolvidos, o que nos remete a um plano de gestão que priorize a qualificação dos espaços e uma programação que atenda as demandas artísticas e as expectativas do público. O mais importante é que ela desempenhe o seu papel de equipamento irradiador da cultura no Estado, por ser um espaço que contempla as múltiplas linguagens, de todos os lugares, que receba e leve à população a sua síntese de uma inigualável produção artística.
Quanto aos hóspedes da Casa, estamos vivendo um momento de ressignificação destas instituições. Os institutos, por exemplo, não somente pensam e desenvolvem ações diretamente com o seu segmento no âmbito do Estado, mas também desenvolvem na CCMQ um papel importantíssimo de qualificação das atividades e na relação com os artistas, além da produção adequada de cada projeto e possibilitam ações de integração com outras cidades, estados e países.
Uma parte do acervo da Biblioteca Pública do Estado está há alguns anos, por decisão do governo da época, no terceiro andar da casa, por uma necessidade de espaço, uma vez que o seu prédio estava sendo restaurado. Sabemos que outros problemas surgiram durante este período e seu retorno ao espaço de origem acabou não acontecendo, adiando também os nossos planos de ocupação daquela área. A Biblioteca Pública do Estado permanecerá na CCMQ até encontrarmos uma outra solução para alojar, de maneira digna e segura, todo o acervo que está na casa.
Texto: Assessora de Imprensa da Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana
Edição: Asscom Sedac