A tarde desta quinta-feira, 17, foi de aprendizado e ensinamentos na oficina de charque oferecida pelo Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Herança Pampeana. O patrão do CTG Elson Melo contou a história dessa carne que possui uma importância histórica para o Rio Grande do Sul, além da gastronomia. A atividade faz parte da programação do Turismo de Galpão.
O charque nada mais é do que uma carne salgada e seca ao sol com o objetivo de mantê-la própria ao consumo por mais tempo. Em 1780, na cidade de Pelotas, foi construída a primeira área rural em que se produz charque, chamada de charqueada. A carne de sol era a ração dos escravos na época.
Após o bate papo sobre história, os participantes tiveram a oportunidade de aprender a receita com a integrante do Herança Pampeana Vera Barreto. "O carreteiro de charque segue a linha do tradicional, o que muda é a carne e o tempero", contou. Quando se usa o charque, não se deve acrescentar tempero na comida, devido ao excesso de sal que a carne possui. Com a receita pronta, os participantes puderam experimentar o prato com direito a repetição. Segundo Vera, o charque é uma carne muito delicada, por isso ela indica colocar a carne de molho e acrescentar sal grosso na vasilha, deixando em torno de 5 a 10 minutos e após lavar em água corrente. "O sal só se tira com sal", revelou.
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Texto de: Júlia Resende (estagiária) / Supervisão: Eliana Zarpelon
Edição de: Isabel Cristina Kolling Lermen
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